BAQUE | 2001

Baque, o espetáculo, é um estudo coreográfico sobre esse instante, essa pancada inicial, que serve como ponto de partida para uma série de possibilidades e circunstâncias inerentes ao processo de adaptação do imigrante, sua assimilação dos costumes do novo habitat, assim como as mudanças (aportes) que ele traz, havida a conta que, dificilmente vai abandonar radicalmente seus comportamentos.

Desde o migrante anônimo até o ilustre, todos participam em maior ou menor medidas, da formação de uma nova e diferente maneira de viver, se relacionar, produzir.

Essa mistura de influências, dão às metrópoles, características peculiares, formam guetos, fusões culturais, parcerias e finalmente novas maneiras de ser, pensar, criar.

É desse ponto que parte a pesquisa deste espetáculo, desde o primeiro impacto, a surpresa inicial, ao produto dessa adaptação.

Essa consigna guia a escolha das músicas, cenas, cenários, tendo por trás de cada detalhe, um imigrante, alguém que já sentiu o Baque, que sabe do que se trata.

De alguma maneira é um trabalho autobiográfico. Uma biografia que pode ser do criador, de bailarino, do público.